MOSTRA DE FILMES DE MONTANHA

Este final de semana, consegui dar uma escapadinha da serra, e com carona para a cidade maravilhosa, fui conferir a 9° mostra internacional de filmes de montanha. Fiquei muito assustada ouvindo o que as pessoas próximas falavam do Rio de Janeiro. Principalmente quando minha carona me deixou na estrada, no ponto de ônibus, em frente ao posto policial. (somente depois fui me ligar que os policiais são os maiores alvos hehe)

bom vi que me assustaram a toa, pois peguei um tranqüilo ônibus, o cobrador foi uma graça e me deixou exatamente onde eu queria estar, no cine ODEON. Meio perdida em meio aquele tumulto, fiquei maravilhada ao ver tantos escaladores reunidos, é bacana e interessante observar pessoas de diversas localidades, diferentes tribos organizadas em prol de um objetivo comum. O mesmo objetivo que me tirou de minha casa e me levou a conhecer a capital.

A escalada em rocha. Chegando lá comecei a observar realmente o que me levou a prática. Não se escala sozinho. Não se escala em apenas um lugar. E não se busca o entorno apenas em busca da escalada. Existe muito mais coisas envolvidas e aprendi muito com a amizade e sinceridade que pude sentir nesse fim de semana, puxa, como é bacana se sentir bem recebido, acolhido, ter o coração cheio de energia boa, de pessoas que realmente querem o teu bem, indiferente de cor, status, “nível de escalada”

o que realmente sou eu? Um ser completo, ou apenas uma escaladora? O que busco pra minha vida? O que realmente é importante e agradará a todos? Pois é muito fácil ver apenas o próprio lado, sem ver realmente a energia que aqueles que estão a sua volta estão te direcionando, Para que tudo de certo.

Encontrar pessoas queridas é tão bom como escalar aquela incrível pedra.. encravada no pico mais difícil, agora imagina estar no pico, na pedra, na companhia dessas pessoas queridas! Vc realmente se dá conta de que a escalada não está na força dos braços.. ou nas técnicas adquiridas... ou nos lugares que vc freqüenta. é na tranqüilidade do espírito que sinto ao escalar que encontro o que realmente me importa indiferente se estou num quinto grau ou um sétimo.

E depois de chegar atrasada consigo assistir a segunda sessão na companhia do rianzitho, amigo do coração. Que acabou por deixar os equipos na terrinha SC.

Acabada a sessão, é hora de marcar as escaladas, quem me apresentou meu parceiro foi a naná, uma pequena grande mulher que me recebeu de coração. Mesmo sem nem me conhecer.me apresentou seu amigão babu que foi o companheiro de aventuras!!

Conhecia bem o pão de açúcar e me apresentou ao totem, sem nem saber que desde a minha última ida aquela pedra com a aninha, vinha sonhando em escalar aquele pedaço de pedra, lotado de fendas, encostado no pão de açúcar. Já havia lido a respeito das vias abertas na década de oitenta olhado as fotos em livros.. para mim parecia surreal estar escalando lá, com o corcovado ao fundo.. a pedra da gávea.. lugares que sonhava antes mesmo de ter minha primeira sapatilha.emocionante.

babu conhecia tudo muito bem, e me senti muito confiante ao escalar com ele as vias limiar das lacas, as lacas também amam, e a revolta dos gravatás, Sem falar também na brincadeira na pedra do urubu, duas vias maneirissimas que escalei de Top Roupe na companhia de escaladores paulistas. Lugar clássico, que não podia deixar de escalar no Rio. Bom, fim do dia.. acabado a sessão cinema, fomos ao ODEON cinema fechado.. festa engatilhada demorou!!! Cerveja na cabeça e diversão com a galera... não tem preço!!!

Acordar com o raiar do dia para escalar?? Qual nada!! Chegar em casa com o raiar do dia..a muito tempo não me divertia tanto!! Nada como a caminha quentinha! Acordei 10:30 do domingo a primeira reação foi olhar o celular. Acordou ?? borá escalar?? Vviivvaaa!!!! Escalar com a naná!! Tempo esquisito.. ir de moto?? borá lá novamente pão de açúcar. Ainda de ressaca escolhemos vias rápidas, encontrando pessoas queridas na pista Claudio Coutinho. Coringa, e ás de espadas, na companhia de Antonio Paulo, cabeça girando da cachaça.. fui tonta com o pessoal almoçar em um restaurante local.Fim do dia.. arrumar as coisas para partir.

O filme que eu mais queria ver, era o curta caminho Teixeira, que foi repetido no domingo. Nas ultimas horas do dia.. me fazendo perder a carona que me deixaria na rodoviária. Vissshh Maria e agora!! Mais de meia noite.. nana não atende o fone.. Adri salvou a pátria e me recebeu em sua casa! Conversamos muito e era tudo o que eu precisava. Uma conversa amigável e sincera, falar e principalmente ouvir. E depois capotar hehe. Manhã de segunda, mais um tour pelo rio agora pra rodoviária. Só pensava em sentir novamente o friozinho da serra.. eita trem bão retornar pra casa! Nunca vai haver lugar no mundo tão acolhedor, como aquele em que instituímos nosso

lar...

ps. Babu.. não esqueci não.. antes de voltar pro sul.. passo por ai. Limiar da loucura.. não vejo a hora